quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

X-Men: Massacre de Mutantes.


A obsessão pela pureza da raça, quando isso vai parar??


Por incrível que possa parecer, até hoje ainda temos notícias de idiotas e suas teorias de pureza de raça. Esse tema, que por sinal já redeu muitas mortes no passado, futuro e presente, é um dos principais pontos chaves dessa trama dos Fabulosos X-Men. Quando eu li pela primeira vez, lá em meados da década de 90, achei um tema super pesado para ser tratado nos quadrinhos Quer dizer, extermínio de mutantes? Imagine homens, mulheres e crianças que viviam pelos subterrâneos (esgotos), que apesar de serem mutantes e possuírem poderes ou habilidades, não tinham uma aparência “agradável” para a maioria dos humanos. Eram pessoas que se destacavam exatamente por isso e não podiam passar por pessoas “comuns”. No Universo Marvel, os mutantes sempre foram perseguidos, não importando se são fisicamente semelhantes aos humanos ou se possuem uma aparência mais “destacada” (como o Noturno ou a Mística, por exemplo). Os mutantes sempre foram vítimas de preconceito e essa pegada sempre foi muito bacana nos quadrinhos; eu acho muito válido passar a idéia que o preconceito existe e que é muito ruim, assim como é válido passar a idéia que existem pessoas prontas para lutar contra o preconceito, nem que isso custe a própria vida.


Agora pior do ser perseguido por humanos, é ser perseguidos pelos da própria raça. Neste momento, vou tentar dar uma idéia (sem spoilers) da história por traz de Massacre de Mutantes: sabemos que existe um grupo de mutantes super poderosos que são heróis, este grupo sempre trabalha pela humanidade como um todo (sejam humanos ou mutantes) e esses heróis são movidos por um sonho de paz entre ambas as raças. Também sabemos que existem mutantes malignos, mutantes que querem escravizar a humanidade, outros que querem apenas ser um bandido comum (assaltar, roubar, etc) e outros que não tem nenhum objetivo específico, querem apenas ver o circo pegar fogo. Agora existem alguns, que extrapolam o limite do maligno, são mutantes tão ruins, que chega a ser pouco a classificação vilão. Vivendo fora de ambos os mundos, também sabemos que existem os Morlocks; estes por sua vez, são mutantes que não possuem uma aparência humana e portanto preferem o isolamento. Um dos tais mutantes malignos que eu me referi é o Sr. Sinistro, um maluco torturador/geneticista que entre outras coisas, gosta de fazer experiências em mutantes. Ele é uma espécie de Josef Mengele mutante. Sr. Sinistro por considerar os Morlocks uma aberração para a perfeição do homo superior (mutantes), decidiu exterminar-los simplesmente.


Claro que os X-Men lutaram contra, assim como o X-Factor. O resultado foi que muitos membros dessas equipes, saíram muito machucados; além de muitos que morreram nessa luta. O nome Massacre de Mutantes não é por nada, é literal! Muitas transformações que aconteceram com os X-Men e com o X-Factor (na época), tem uma relação muito grande com essa saga e algumas dessa mudanças, como o que aconteceu com o Anjo, tiveram influência direta em outra saga, A Queda de Mutantes. Apesar da série ser muito boa e de certa forma bem original, não se compara a saga da Fênix. Infelizmente, nenhuma das outras sagas mutantes chegou nem perto de ser tão querida por leitores e fãs da maior equipe mutantes do mundo. Não estou dizendo que a saga foi ruim, apenas estou dizendo que não foi tão boa quanto. Realmente, é difícil criar uma grande saga sem sofrer as inevitáveis comparações, só que comparações não são algo ruim de todo. Servem para preparar o leitor, para que este saiba distinguir o que é bom e o que é ruim. Opinião final, eu diria que está bem acima da média, mas não merece um 10,0. De qualquer forma, um 8,0 é sempre muito bom e passa qualquer um de ano (perdão pelas metáforas de professor... eu sou professor!).


Vou ficando por aqui e vou agradecendo pelo elogios que estou recebendo por mail, agradeço também as sugestões de novos posts e principalmente agradeço pelas visualizações. Thank you very much. Não se esqueçam que Massacre de Mutantes ganhou nova roupagem com a galera da Panini e quem puder comprar, compre que clássico dos X-Men fica muito bem em qualquer estante. Vou deixar os links da Panini e da Comix aí embaixo. Obrigado pela atenção, quem puder me siga pelo twitter e facebook. Abraços.

http://www.paninicomics.com.br/web/guest/productDetail?viewItem=731706

http://www.comix.com.br/product_info.php?products_id=19963

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Dune... by Frank Herbert! Universo Feudal... e muito Melange!


Who control the spice control the Universe!!

Quem disse que Frank Herbert não tinha razão? O ponto é: Who control the spice today? Quem sentiu uma vontade imensa de discursar sobre política internacional, guerras pelo petróleo e falsidade entre países, não é mero acaso. Duna é um livro que foi feito para isso; para criar discussão, causar reflexão e exatamente por isso, mexe com assuntos que, até aquele momento, não era muito comum na ficção científica como filosofia, religião e psicologia (além de ecologia, não podemos nos esquecer). É um livro com uma narrativa muito forte e que exigem muita atenção do leitor, pois como diz o ditado: “O segredo está nos detalhes”. Reza a lenda, que o livro Duna é considerado “a obra definitiva” do gênero, apesar de muitos outros especialistas da literatura acharem que tal título seria de um livro do Asimov. Eu sinceramente não saberia qualificar uma obra como essa, fora o fato de Asimov ser um grande ídolo para mim. Digo apenas que Duna me mostrou algo totalmente diferente do que eu imaginava que sci-fi pudesse ser. Portanto ler este livro é uma obrigação moral, para qualquer pessoa que goste de ficção científica.

Vamos à história, como sempre sem dar spoilers (ou muitos spoilers): temos um futuro que, como sempre, não é uma maravilha. Na verdade, se tem uma coisa que está cada vez mais claro, é que o futuro é negro. Terminator nos ensinou a desgraça que ia ser, se por acaso as máquinas tomassem consciência de uma hora para outra. Quem pira a cabeça usando o sistema da Apple siri, deveria se lembrar que assim que a Skynet começou. Por outro lado, a trilogia Matrix, esfregou na nossa cara a impotência do ser humano ao criar algo que, em teoria, é tão inteligente quanto ele (se bem que, no final, homens e máquinas aprendem que dependem um do outro). Asimov também já escrevia muito sobre isso, assim como outros gênios da literatura científica. Em Duna não existem máquinas. Aparentemente o ser humano aprendeu a lição e decidiu não criar algo mais inteligente que ele próprio e isso é uma verdade tão grande nesse Universo, que acaba por ser um dos pilares da religião. Sim leitor. Uma religião que diz “não” às máquinas. Mas existem máquinas no Universo deste livro? Claro que sim. Não existem máquinas pensantes, computadores, inteligência artificial.

É isso mesmo caro leitor. No Universo de Duna, todos os cálculos e outras atividades que deveriam ser feitas por computadores, são realizados por humanos treinados para esse fim, os chamados Mentets. E todo a história gira em torno de disputas políticas entre 3 grandes casas imperiais, de um governo feudal intergaláctico mais ou menos 24 mil anos no futuro. Esqueça a Terra. A Terra já se foi e muito da sua história já se perdeu. Mas, qual o motivo de tanta discórdia entre essas 3 casas? O controle da especiaria conhecida como melange. É graças a essa especiaria, que é possível as viagens espaciais, além de ser a base do poder de humanos escolhidos a dedo. Essa especiaria, só existe em um único local no Universo (que se saiba); em um planeta chamado Arrakis, ou Duna, como é popularmente conhecido! Este planeta é um gigantesco deserto, habitado por vermes colossais praticamente indestrutíveis. Ou seja, é um lugar muito maneiro. Só que, apesar desse planeta não ser uma das maiores maravilhas da existência, é só lá que tem a tal melange, então sua importância para o império é crucial. O Imperador Shaddan IV, da casa Corrino, vê uma grande ameaça no Duque Leto Atraides, que cresce em popularidade entre os outros nobres. Como têm receio de lançar um ataque mais direto a uma das grandes casas e outras casas se unirem contra ele, usa a grande rivalidade entre as casas Atraides e Harkonnen como um meio de eliminar o seu rival.

Leto Atraides é enviado para “gerenciar” o planeta Arrakis, substituindo a casa Harkonnen que até aquele momento “mandava na parada”. O resto vocês podem imaginar. Esperem traições, reviravoltas, mulheres ambiciosas, e tudo mais que se possa esperar de uma boa trama política. Na verdade, em certo momento do livro, você vai notar semelhanças entre o que está lendo e o que você conhece da história do mundo. Especiaria mega importante para o mundo? Que se extrai do deserto? Casas políticas brigando pelo controle total dessa especiaria? Quem controla a especiaria controla o mundo? Substitua melange, por petróleo quando estiver lendo o livro! Antes que alguém pense que é muito chato ler esse livro, por conta dos grandes diálogos e da temática extremamente política, não se engane. Também é um livro de aventura e com a maior de todas as motivações: vingança. É um grande livro e o filme baseado no livro não é mal também. Agora, confesso que o jogo sobre Duna é uma caso à parte. Foi um dos primeiros RTS que joguei e um dos mais divertidos também. Eu tenho Dune2000, que saiu para PS1 no PSP. Entretanto não é nem de longe tão bom quanto o primeiro.

Bem amigos, vou ficando por aqui. Tentei não dar muitos spoilers sobre o livro, pois tenho esperança de que muitos de meus leitores se animem para conhecer a obra de Frank Herbert. A dica é: primeiro ler o livro e depois ver o filme. O jogo vem como um belo bônus, para aqueles que quiserem explorar um pouco mais o Universo de Herbert. Este livro, possui outros 5 livros em continuação. Estou lendo o terceiro atualmente e ainda estou empolgado. Quem sabe um dia não posto por aqui um pouco de O Messias de Duna e Os filhos de Duna, os dois primeiros que já li! Antes do fim, para quem está cobrando o post de Ozimandias, sai ainda esta semana. Aguardem e assinem minha página do facebook e me sigam pelo Twitter. Links aí no final do post para os livros de Frank Herbert, direto do grande Senhor Saraiva. Muito obrigado pela atenção, pelas visualizações e pelos pedidos feitos à partir dos meus links. Abraços.

Obs: Eu não falei sobre os quadrinhos propositalmente. Pretendo trazer para o blog um post sobre esse quadrinho em um futuro não tão distante!